Abril 29/2024 - Executivos
Competências organizacionais e individuais: como elas impulsionam o sucesso empresarial?
As constantes mudanças e inovações tecnológicas afetam todas as esferas da sociedade, e as organizações empresariais também precisam desenvolver maneiras de adequar suas operações para manter uma posição relevante e ativa no mercado.
O aumento da competitividade no mercado exige que as organizações aumentem sua atenção e investimento também nas soluções internas, com a adoção de novas estratégias e modelos de gestão que contribuam para sua eficiência operacional e crescimento no mercado.
Nesse cenário de inovações estratégicas, o conceito de competências ganha espaço nos setores de recursos humanos como uma alternativa de gestão que cultiva e desenvolve, dentro da organização, competências que agregam valor para a empresa e auxiliem no desenvolvimento coletivo da equipe e da organização.
Por meio da articulação das competências organizacionais e individuais, a gestão por competências impacta diretamente no crescimento e amadurecimento da organização, ao mesmo tempo que promove o desenvolvimento profissional dos colaboradores inseridos nela.
Neste artigo vamos explorar o conceito de competências, abordando suas diferentes classificações no cenário empresarial e como a aplicação desse conceito nas práticas de gestão possibilita um gerenciamento mais efetivo e compatível com uma estratégia competitiva para a organização.
Competências Organizacionais e Individuais: o que são?
O deslocamento do foco sobre cargos delimitados e inflexíveis, para um enfoque maior sobre as competências necessárias para o sucesso da organização é uma tendência que está transformando os processos de gestão de pessoas. Trazendo uma visão mais estratégica para os processos de recrutamento, seleção, treinamento, e outros procedimentos que fazem parte da gestão.
Mas afinal, o que podemos considerar como competências, dentro do contexto empresarial?
As competências são definidas pelo autor Scott B. Parry como “um agrupamento de conhecimentos, habilidades e atitudes correlacionados, que afeta parte considerável da atividade de alguém, que se relaciona com o desempenho, que pode ser medido segundo padrões pré-estabelecidos e que pode ser melhorado por meio de treinamento e desenvolvimento”.
Essa definição de Parry retoma o conceito de CHA, sigla que se refere à Conhecimento, Habilidades e Atitude, também conhecido como o “tripé das competências”. Teoria desenvolvida em 1976 pelo psicólogo especialista em motivação, David McClelland.
C - Conhecimentos: informação, saber o quê, saber o porquê;
H - Habilidades: técnica, capacidade;
A - Atitudes: querer fazer, identidade, determinação;
Incorporar o CHA na gestão organizacional, significa utilizar esses três pilares essenciais como base para a empresa visualizar, mapear, avaliar e desenvolver as competências técnicas e sociais de seus colaboradores.
Segundo o autor Paul C. Green, as competências podem ser compreendidas em duas dimensões complementares, as competências organizacionais e individuais. Esses conjuntos podem ser definidos, como:
Competências organizacionais
As competências organizacionais são conjuntos de conhecimentos técnicos e habilidades que impactam nos produtos e serviços desempenhados pela organização. Também chamada de competências essenciais, elas se referem aos pontos únicos que caracterizam a organização e fornecem seu diferencial competitivo em seu mercado de atuação.
Apesar de também serem impactadas e complementadas pelas competências individuais das pessoas que fazem parte da empresa, as competências organizacionais englobam os processos, as tecnologias e gestão utilizadas pela empresa e que podem ser reconhecidas como seus diferenciais competitivos para os clientes, colaboradores e concorrentes no mercado.
Para ficar mais claro, podemos citar como exemplo as competências de entrega rápida e pontual dos serviços de SEDEX oferecidos pela Empresa de Correios e Telégrafos. Ou a capacidade de tecnologia de produção em águas profundas, apresentada pela Petrobras.
Dessa maneira, podemos considerar também as competências organizacionais como tópicos essencialmente ligados à construção e fortalecimento da imagem da empresa frente ao mercado.
Competências individuais
As competências individuais são os conjuntos de conhecimentos, habilidades e atitudes apresentadas por cada pessoa para o desempenho de suas funções dentro da organização.
Independente do setor de atuação, o mercado profissional exige uma grande diversidade de conhecimentos e habilidades que vão além da simples execução mecânica de uma única função específica.
Especialmente para cargos em posições mais altas, a rotina do trabalho demanda uma variedade de competências que abrangem tópicos operacionais, emocionais e sociais.
Leia também: Qual a importância das competências comportamentais?
Como aplicar esses conceitos para impulsionar a eficiência da gestão?
As competências organizacionais e individuais possuem grande influência entre si, e o alinhamento de ambas para um modelo de gerenciamento mais estratégico resulta em uma visão mais integrada e ampla sobre todas as partes que compõem a organização.
A gestão por competências é um modelo focado nesse processo de alinhamento das competências organizacionais e individuais. Conduzindo os colaboradores a atingirem as metas e objetivos da organização, através da compreensão de seus perfis profissionais, identificando e trabalhando com seus pontos fortes, e pontos que podem ser desenvolvidos através de planos de aprimoramento.
Apresentando-se como uma importante alternativa de gerenciamento em um contexto empresarial cada vez mais competitivo, a gestão por competências exige que a organização apresente uma definição clara sobre sua visão e seus objetivos para, a partir disso, promover práticas que concretizem e enriqueçam as estratégias da organização.
A gestão por competências abrange todos os processos de gestão de pessoas (recrutamento, seleção, treinamento e desenvolvimento, avaliações de desempenho) e integra também as atividades das lideranças formais da empresa, pautando todo o desenvolvimento de estratégias para a criação de vantagens competitivas sustentáveis e duradouras.
Leia mais sobre este modelo em nosso artigo Como funciona o modelo de Gestão por Competência.
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