Como identificar um ambiente de trabalho tóxico? Abril 29/2021 - Corporações

Como identificar um ambiente de trabalho tóxico?

Estresse constante, queda na produtividade, excesso de cobranças, pressão por resultados e um relacionamento conturbado entre o líder e a equipe são alguns sinais de um ambiente de trabalho tóxico. Estas práticas, que podem até ser abusivas, prejudicam a saúde mental dos colaboradores, que perdem a motivação e começam a questionar sua própria capacidade.

Um ambiente de trabalho tóxico tem consequências graves para os colaboradores e para a organização, que sofre com o absenteísmo dos profissionais, aumento do turnover e falta de autoconfiança da equipe devido ao clima organizacional negativo.

Dessa forma, a redução da produtividade e dificuldade de colaboração entre os profissionais dificulta a criação de novas lideranças, prejudica a reputação da empresa e aumenta os custos de contratação e demissão.

O clima organizacional tóxico, portanto, também impacta na relação com o cliente final e pode colocar em risco a continuidade dos negócios.

Sinais de um ambiente de trabalho tóxico

  • Absenteísmo

Em uma empresa, é normal que os colaboradores precisem se ausentar por motivos pessoais, consultas médicas ou alguma doença. 

Porém, quando esse comportamento se torna repetitivo e sem causas justificadas é um indicativo de que o ambiente de trabalho não está sendo positivo para as pessoas. 

Muitas vezes também há a ausência mental, ou seja, o profissional está presente no ambiente de trabalho, mas realiza atividades que não estão relacionadas à sua função. 

Se o líder não encontrar formas de aumentar a motivação e o engajamento da equipe, o desânimo pode se espalhar entre os colegas e agravar o problema.

  • Falta de comunicação

A falha na comunicação interna pode causar erros, conflitos e acidentes, prejudicando não apenas o relacionamento com os clientes mas também a qualidade de vida dentro da organização. 

Para isso, é fundamental organizar os processos internos, adotar canais adequados de comunicação e estimular a transparência e a objetividade em todos os níveis. 

Muitas vezes, os líderes não são claros nem específicos sobre como esperam que uma tarefa seja realizada, o que gera ruídos e, eventualmente, falhas. 

Com o tempo, os colaboradores sentem-se cada vez mais frustrados e inseguros, prejudicando ainda mais sua produtividade.

  • Líderes abusivos

A falta de respeito dos líderes com os colaboradores é um dos sinais mais evidentes de um ambiente de trabalho tóxico.

Comentários sarcásticos, depreciativos, críticas não construtivas, comparações entre os colegas são algumas atitudes do dia a dia que causam um mal-estar entre a equipe e uma sensação constante de insegurança. 

É importante ressaltar que nem sempre o clima organizacional negativo leva ao abuso verbal ou assédio moral, como gritos e xingamentos. 

Quando o colaborador não se sente confortável em dar opiniões sobre o trabalho ou não vê o líder como uma pessoa capaz de ajudá-lo a resolver um problema, pode ser um indicativo de um ambiente nocivo.

Como combater ambientes de trabalho tóxicos

Embora os líderes ruins sejam uma das principais causas de relações traumáticas no trabalho, geralmente o problema vai além de um único indivíduo e pode se espalhar por toda a organização.

Quando um gestor ou executivo tem um comportamento abusivo, os colaboradores entendem que essas atitudes são aceitáveis na empresa e passam a reproduzi-las. 

Além disso, estudos mostram que profissionais que sofrem abuso de líderes são mais suscetíveis ao mesmo tipo de comportamento, gerando um efeito cascata que permeia a empresa de uma forma geral.

Ambientes de trabalho tóxicos também danificam os vínculos entre os membros da equipe, reduzindo ainda mais o desempenho geral e reduzindo as chances dos colaboradores ajudarem uns aos outros.

Para evitar esse problema, a pesquisadora Manuela Priesemuth defende em um artigo para o Harvard Business Review que é possível estruturar os ambientes de trabalho de uma forma que ajude a combater o abuso:

  • A empresa deve investir em conscientização para que os líderes percebam os custos relacionados ao comportamento abusivo e entendam que suas ações não prejudicam apenas os outros, mas também a si mesmos. Essa orientação deve ser reforçada constantemente através de programas de treinamento contínuo, deixando claro que estas atitudes não são aceitáveis.
  • Criar e fortalecer canais de feedback anônimo é uma forma de possibilitar que os colaboradores relatem experiências abusivas ou expressem suas preocupações sem medo de retaliação. O setor de RH tem um papel importante nesse processo ao repassar os comentários para os líderes, deixando claro que a organização não tolera este tipo de comportamento.
  • Se os colaboradores perceberem que a empresa valoriza um tratamento justo e respeitoso com todos, eles irão se sentir mais confiantes para proteger os colegas e denunciar comportamentos que não estão de acordo com os valores e a cultura organizacional.

Outra forma de combater ambientes de trabalho tóxicos é acompanhar o clima periodicamente através da Pesquisa de Clima Organizacional, que tem como objetivo descrever o nível de satisfação e o grau de engajamento dos colaboradores com a organização.

Para isso, é realizado um mapeamento de forma a compreender as referências estratégicas, organizacionais e os componentes estruturais que compõem a empresa.

A partir dessas informações, é possível agir para alterar positivamente o ambiente e, consequentemente, a performance dos colaboradores.

Entre em contato com nossos especialistas e saiba mais sobre a importância da Pesquisa de Clima Organizacional para ajudar a combater ambientes de trabalho tóxicos.

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