A importância da imparcialidade na tomada de decisões Dezembro 01/2021 - Corporações

A importância da imparcialidade na tomada de decisões

Os líderes são profissionais responsáveis por elaborar estratégias assertivas, inspirar a equipe e fazer escolhas que afetam os resultados da organização. Por isso, mais do que conhecimento técnico, é importante que tenham inteligência emocional para agir com imparcialidade e evitar decisões tendenciosas.

O ambiente corporativo é formado por pessoas e um líder de sucesso deve saber como gerenciar as emoções para evitar que suas amizades e afinidades pessoais influenciem suas atitudes. Assumir uma postura neutra e tomar decisões imparciais não é uma tarefa fácil e exige autoconhecimento, empatia e uma comunicação transparente com a equipe.

Nas empresas, em geral os tomadores de decisão consideram-se capazes de abordar os problemas de forma bem informada e objetiva. 

No entanto, pessoas inteligentes não estão livres de fazer escolhas equivocadas e, muitas vezes, o excesso de confiança pode tornar seus preconceitos mais latentes e menos perceptíveis.

Os preconceitos podem ser definidos como a preferência por algo em relação a outra coisa e, na maioria das vezes, tem pouca justificativa racional, sendo criados a partir da experiência e observação de cada um. 

As crenças sociais e atitudes sociais, por exemplo, são fontes importantes de preconceito e podem afetar as decisões sem que as pessoas percebam.

Na prática, os preconceitos têm uma influência sobre a maneira como as pessoas selecionam e interpretam as informações disponíveis, consequentemente impactando as decisões que são tomadas.

Como tomar decisões imparciais?

O dia a dia de um líder envolve lidar com os mais diversos tipos de profissionais e deve levar em consideração as características, personalidades, anseios e aspirações de cada um. 

Por isso, o julgamento precipitado e a tomada de decisões rápidas tendem a ser influenciados pelos preconceitos inerentes ao profissional, ainda que não seja sua intenção.

Segundo estudos psicológicos, as decisões rápidas são baseadas na experiência pessoal e nas noções preconcebidas sobre as pessoas ou situações envolvidas. 

Porém, essas informações nem sempre são precisas ou não têm relação direta com o contexto da escolha que precisa ser feita. 

Muitos líderes e gerentes afirmam que confiam em seu instinto na hora de recrutar um novo talento ou promover um profissional da sua equipe. 

Ainda que a impressão inicial de uma pessoa possa trazer informações importantes, alguns fatores subjetivos e superficiais podem acabar tendo um peso maior do que informações objetivas. 

Uma das maneiras de superar esse obstáculo é investir em um processo estruturado de avaliação por competências, que envolve entrevistas sistemáticas, modelos planejados e profissionais especializados na área.

Além disso, mais do que ter informações para embasar as decisões, é preciso olhar para os dados que realmente se aplicam a cada situação.

Nesse sentido, os preconceitos cognitivos podem levar a erros ou decisões equivocadas, causando danos consideráveis nos resultados da empresa ou mesmo no clima organizacional.

Um exemplo é o viés de confirmação, que filtra as informações por meio de suposições preexistentes e descartam os dados que desafiam essas noções.

Outra armadilha comum é o viés de ancoragem, que atribui um peso desproporcional à primeira informação considerada e diminui a relevância dos dados subsequentes.

Dessa forma, cria-se a chamada “bolha de informação”, que contém somente os dados que reforçam as crenças já existentes na organização.

Para evitar esse cenário, os líderes devem considerar todos os dados relevantes em cada situação e ouvir sua equipe com empatia para entender outras visões que podem ajudar a construir um novo caminho.

O preconceito é um fator importante na tomada de decisões e, se não for levado em consideração, pode levar os gestores a ignorarem informações importantes, gerando erros de cálculo onerosos.

Reconhecer os vieses envolvidos nas escolhas também faz parte do desenvolvimento da inteligência emocional dos líderes, ajudando-os a tomar decisões mais imparciais e benéficas para a empresa como um todo.

Agora que você sabe a importância da imparcialidade, conheça as 5 características de um bom líder.

 

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